Arthur Pains estreou seu novo álbum de estúdio “Selvagem”, já disponível em todas as plataformas digitais. Trazendo uma narrativa inspirada em vivências pessoais e que aborda sobre pertencimento e autoconhecimento, o artista comemora – mesmo que em poucas semanas – um feedback positivo do público após o lançamento do projeto.
O novo trabalho explora a busca incessante por identidade e pertencimento de um menino do interior que se vê imerso à agitação da vida urbana. O álbum percorre por temas de amor, amizade, e a complexidade de se perder e se reencontrar em busca de si mesmo.
As 11 faixas autorais que integram o projeto também abordam a raiva e trazem críticas à sociedade e à modernidade líquida e cada música é um capítulo dessa história que completa a narrativa do disco.
O processo de composição começou em 2019, com algumas músicas previamente lançadas em seu EP “Savanna”, que agora somam-se ao “Selvagem”, resultando na história completa no novo álbum.
Para saber mais detalhes sobre o trabalho, confira uma entrevista exclusiva com o artista:
Como surgiu o álbum “Selvagem”?
Esse trabalho surgiu da necessidade que eu tinha de me expressar. Estava enfrentando o término de um relacionamento de 4 anos e precisava falar várias coisas que não conseguia falar apenas com palavras. No processo do término acabei percebendo que me perdi bastante durante o relacionamento e o SELVAGEM é sobre esse reencontro, encontrar partes minhas que foram deixadas para trás.
O processo de composição começou em 2019. Conta um pouco sobre essa parte?
No início eu não queria escrever um álbum sobre amor, não queria que meus relacionamentos tomassem os holofotes daquela história, mas algumas músicas foram surgindo, Selvagem (a faixa título) foi a música que mudou tudo, a partir dela vi que não era possível contar minha história sem contar também sobre esses relacionamentos, eles me fizeram ser quem eu sou, então é natural que eles estejam no álbum e não tem nada de errado ou vergonhoso em ter o coração partido. No fim acho que Selvagem também é um álbum sobre raiva, o próprio nome diz um pouco sobre isso, eu estava cansado de ser o garoto quieto, que aceitava tudo como era, precisava quebrar as correntes e contar minha própria história, me libertar.
Tem alguma canção que tenha chamado mais a atenção do público? Se sim, porque você acredita que ela tenha esse destaque?
Duas músicas tem chamado bastante atenção, Monarquia, acredito que pela produção e pela pegada pop-rock, acho que as pessoas não esperavam por isso. E Rei, a última música do álbum, acredito que pela letra que tem uma mensagem bem forte.
O visual parece desempenhar um papel importante no álbum, com videoclipes interconectados. Como você vê a relação entre o aspecto visual e a música na sua obra?
Eu gosto da ideia de criar mundos e contar histórias. No início foi uma forma de me expressar e contar sobre situações nas entrelinhas, sem afetar as pessoas que viveram essa história comigo. Criei quase uma mitologia nesse processo, com personagens próprios e precisava trabalhar bem o audiovisual para que as pessoas se conectassem com esse universo, queria que elas se sentissem nesse mundo e os clipes ajudam nessa conexão. Alguns clipes são mais estéticos, como o de “Royal Mane” e “Nasty Roar”, outros tem roteiros mais elaborados como o de “Dente de Leão” e o de “Selvagem”. Ouvindo o álbum você consegue imaginar a história que estou contando, mas os clipes me permitem direcionar melhor a imaginação do público.
Para ti, qual o sentimento de receber feedback sobre esse trabalho? Como é ver ele disponível e sendo reproduzido pelo público?
Tenho recebido diversas mensagens de novos seguidores, sobre as músicas e os visuais. É muito legal ver algo que trabalhei por tanto tempo agora é do público e também faz sentido para eles.
Após o lançamento, quais os próximos passos da sua carreira?
Estou trabalhando num mini-documentário que mostra os bastidores da criação do álbum, acho que esse tipo de conteúdo aproxima o público e vai ser bem legal! Com o feedback do público também estamos avaliando novos clipes e uma versão deluxe do álbum com algumas faixas inéditas.